segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Como Uma Pedra

Meu coração é um animal selvagem.
Ama descontroladamente, 
Feroz, com raiva, 
Quer abocanhar o melhor de cada amor. 

Selvagem e irracional.
Age por impulso, 
Convive com o arrependimento.

Não lamento os sorriso ganhos,
As palavras de carinho.
Lamento a estupidez de bater com a cabeça na rocha.

Meu coração grita, urge,
Selvagem ele é indomável.

Coração selvagem com cabeça lírica.

Quero encontrar a paz na forma do vazio eterno.

Sou o vazio e sou a forma.
Só não sou a paz que busco.

Desejo olhos que brilhem.

Cansei de sonhar a sós.

O vazio do universo não é o vazio do meu peito.

Meu coração é um animal selvagem,
Minha cabeça é pura poesia.
E a vida pura incongruência. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tantas Vozes

Amores que quebram como ondas no mar,
Areia do tempo que cai do meu peito,
Saudades que já nascem para naufragar,
Desejo que desiste e permance em seu leito.

Olhos e olhos e olhos,
Sabia que não te querer só me faria te desejar mais,
Queria te segurar,
Escutar,
Olhar.

Penso e penso e penso,
Na sua arte,
Na sua voz,
Nas tardes que foram eternas,
E na eternidade que foram duas tardes.

Amores que já nascem para naufragar,
Saudades que vão e vem como ondas do mar,
Desejo que cai do meu peito,
Areia do tempo que permanece em seu leito.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Um Níquel

Retirado de quatro faces de um guardanapo de papel durante devaneios solitários.

I

Naquela noite acordei de sonhos pertubadores que venho sonhando há três dias. 
Boca seca, sensação de falta e a busca por um copo d'água. 
Conheci uma artista.
Existem várias almas gêmeas no planeta.
Basta você estar aberto a encontrá-las. 

II

Amo conhecer pessoas.
E dentre todas as coincidências do mundo, ela tinha como disco favorito, o mesmo disco que eu tenho como favorito. 
Tive uma visão da eternidade, de sorrisos futuros. Poderíamos passar o resto da vida em uma ilha deserta escutando o mesmo disco para sempre, o nosso disco favorito.
Música, a única verdade.

III

Por que de tantas coisas em comum tinha de ser a música?
Que presente e que maldição.
A vida ou me testa no desapego do amor ou me ensina que não é preciso estar perto para se amar com o coração.

IV

Dou meu amor aqueles que desejam receber um amor sincero.
Não crio rótulos, não dou certificados, não quero convenções e regras.
Dou a sinceridade do meu interesse.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Quintal

Deixei meus sentimentos no varal,
O vento levou,
Não foi de todo mal.