quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Um Níquel

Retirado de quatro faces de um guardanapo de papel durante devaneios solitários.

I

Naquela noite acordei de sonhos pertubadores que venho sonhando há três dias. 
Boca seca, sensação de falta e a busca por um copo d'água. 
Conheci uma artista.
Existem várias almas gêmeas no planeta.
Basta você estar aberto a encontrá-las. 

II

Amo conhecer pessoas.
E dentre todas as coincidências do mundo, ela tinha como disco favorito, o mesmo disco que eu tenho como favorito. 
Tive uma visão da eternidade, de sorrisos futuros. Poderíamos passar o resto da vida em uma ilha deserta escutando o mesmo disco para sempre, o nosso disco favorito.
Música, a única verdade.

III

Por que de tantas coisas em comum tinha de ser a música?
Que presente e que maldição.
A vida ou me testa no desapego do amor ou me ensina que não é preciso estar perto para se amar com o coração.

IV

Dou meu amor aqueles que desejam receber um amor sincero.
Não crio rótulos, não dou certificados, não quero convenções e regras.
Dou a sinceridade do meu interesse.


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