domingo, 29 de maio de 2011

(A)final

Depois daquela discussão sobre certo, errado, o fim, foi esquecido que o motivo destas dores foi o durante; quando as decisões eram tomadas, você fazia o que queria, teve prazer à flor da pele, tanto que seus gemidos ainda ecoam no meu travesseiro e fazem a hora de dormir terrivelmente atribulada, quando fecho os olhos, a visão cede espaço, tão monopolizado, aos outros sentidos que invadem minha memória, com cheiros, palavras e sabores, fortes, amargos e brutalmente reais. A carne ferve quando o sangue sobe, as mãos se perdem no desejo que consome o corpo, as pernas tremem, a boca saliva, quero estar em você.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Marola

Talvez estar aqui com você,
Seja como entrar na TV.
Se jogar do décimo andar,
E pensar o quanto quero amar.

Através do linho venho cantar,
E da seda me deitar.
Andando na ponte dos sonhos,
Onde o oceano és tu.

Abro os braços e vôo,
Corro para marcar um gol.
Sinto que és inefável, 
E quem sabe instável. 

Através de marolas,
Vou tentar derrubar seu cais suavemente