quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Barcas Saudades/Anônimas

Na separação o acordo foi:
De um lado o Sol
Do outro lado a Lua
E no meio a centopéia de conluio.

Ao fim do dia,
As montanhas protegem o Sol
As luzes da cidade a Lua
Ficam as estrelas em solidão que angustia.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Declaro-me Seu

A mortalidade das mulheres, a sua fragilidade real que é a morte, fica à mostra quando seus corpos nus se apresentam. Por isso desejo tanto te amar agora, quero viver o maior dos amores hoje, não vais estar sempre aqui, então eu quero te amar tanto no agora. Não quero te amar tão rápido, só não vou ceder um segundo sequer ao ócio amoroso, ao comodismo, quero ter-te agora com todo o amor do meu peito e a cada dia que chegar, amanhã, depois e depois, vou te amar como o hoje. Por mais juras que façamos, você não vai estar a vida toda comigo, pois ambos sabemos de nossa frágil existência, e a vida toda mortal não é o suficiente para o nosso amor, então não percamos tempo, vamos nos amar com tudo a partir de agora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Aryela

Consigo esquadrinhar cada traço,
O vestido branco, o sorriso, o abraço,
Em uma estrada abandonada,
Você era minha completa amada.

Três vezes você entrou e saiu,
Do mesmo e de outros sonhos.
Seus braços ao meu pescoço,
Sua cintura em minhas mãos.

Já perco a forma, o estilo, a métrica,
E caindo em uma apnéia de paixão,
Procuro apenas entender o porquê,
Seu nome teima em rimar com bela.

Frio na barriga em sonho,
Das sensações nunca senti um abraço onírico,
Um rubor por um dormente amor.

Acordar foi o fim.