segunda-feira, 17 de maio de 2010

Psique

O outro nasce quando o Eu se identifica a primeira vez frente ao espelho, e assim nasce a dimensão do imaginário. A formação do Eu está estritamente ligada ao reconhecimento de si, como parte integrante do mundo, não com um desdobramento do mesmo. O Eu ao se olhar no espelho se reconhece, todavia sabe que não é aquela imagem, porém se reconhece ali, naquele momento. O Outro é a imagem do Eu, a representação do Eu, por isso, o Eu se forma no outro, se reconhece e vê que não é o outro, não é aquela imagem.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Penso

Apesar de perceber que a intelectualidade no Brasil acabou, pois aqui, morando no Rio de Janeiro, passeando pelo posto 9, através da praça General Osório, caminhado na Nascimento Silva 107, cruzando a Prudente de Moraes com a Montenegro (seu verdadeiro nome, e não Vinicius de Moraes, desculpe poeta, não queríamos que passassem carros, e pisassem em você), eu não vejo, onde 60 anos atrás, estariam passeando ao seu lado, na padaria: Vinicius, Tom, Rubem, Manuel, dentre tantos, e hoje? Quem são os intelectuais do Brasil? Os ainda vivos remanescentes deste período? Nas unidades acadêmicas, em pesquisas que apenas importam a quem vive neste meio? Pois que me desculpem as pessoas que fazem muito neste sentido no Brasil, mas o movimento intelectual acabou, e tá certo, acredito que não por culpa dos que pensam, e mais por um governo/sociedade, que é imediatista, onde não temos tempo pra pensar, sempre tendo que agir, resultados, lucros, velocidade, eficácia, e a função de pensar se torna coisa de bicho grilo, maluco, vagabundo, "e fulano? vai passar fome!", pois é, pensar não é muito bom não, não dá lucros; o meu coração toma conta da cabeça querendo saber se egoísmo tem a ver com gostar de si mesmo?