sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Duas Perguntas

Por entre suas pernas eu andei,
Corri meus dedos no seu corpo.
Fortemente respirei no seu pescoço,
Mordendo e desejando sua carne.

Abracei-ti por trás, invadindo teu ventre,
Puxando teu cabelo, te chamando de puta.
Deslizava em você  um caminho único,
Da boca ao sexo; das coxas aos seios.

Te jogo no chão e abro as portas,
Sinto logo o cheiro do gozo.
Percebo o quão molhada estás,
Seguro você, provoco arrepios.

Entro de uma só vez...

- Eu te amo! Com você eu faço Amor!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vamos Sambar?

No amor e na guerra vale tudo. Inclusive poesia.

Nas lágrimas por amor. Na dor do peito já vazio.

Sem vergonha de amar. Muito menos em sofrer por amor.

Amo levantar cada vez que caio.

Mesmo de joelhos arranhados, o coração bate calado.

Lá vou. Lá vou eu.

E LÁ VAMOS NÓS.

O primeiro passo.

O segundo. Terceiro...

Caminhando e cantando.

O requiem do amor infinito que se abre para o mundo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

(A)M(O)A(R)

Não quero saber do barco,
Se afundou, a onda bateu, o capitão se jogou.

Não jogue meus pensamentos no mar,
Deixe-me sentado seguro no cais.

Se a banda parou,
Ou o deck inundou.

Não me tire de terra firme,
Deixe-me sentado perto do cais.

O farol apagou,
O amor encalhou.

No cais em que me sento,
Tudo se vai com o vento.

domingo, 18 de outubro de 2009

Amar A Vida

A jornada se tornou longa demais.
Os passos se perderam.
As mãos tateiam cegas.
O amor agora está asmático.

Os joelhos reumáticos.
Os beijos secos.
As lágrimas solitárias.
O peito em depressão.

Os pés com calos.
Pernas com cãibra.
Os ouvidos surdos.
Os braços de chumbo.

Cansei do amor.
Não do frio da barriga.
Não das borboletas.
Ainda amo a Lua.

O pôr do Sol.

Cansei do amor.
Da dor sofrida de amar.
Deste amor.
Deste esperar.

Dos inúmeros começos.
Mil primeiras vezes.
Só quis viver.
Fazer e receber o bem.

Beijar, abraçar, laçar dedos.

Música, poema, poesia.
Cidade, praia, distância.
Mensagens, amor, alegria.
Paixão, viver, amor e dor.

Cansei de amar.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vinte Dizer

Se fossem letras o amor,
O nosso seria o éle.
Mas sendo o que for,
Desejo seus beijos, sua pele.

Se de cordas fosse a paixão,
Seriam infinitas a do violino.
E conhecendo o meu coração,
Vou tentar até mais infinito.

Nas partituras da Lua afora,
Tenho cheio o sorriso minguante,
Do meu choro e soluço crescente.

Já compus a canção do agora.
Como um velho folião brincante,
Dormindo na rua indigente.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Diz-me

Só queria escutar de você,
Quando os lábios que beijam,
Que não mais os tenham,
Dizem adeus sem ter porque.

Deixe-me sofrer de um todo,
Não dê fio a minha meada.
Aceito até não te ter, Amada,
Mas porque te amo, não serei tolo.

Não me deixe morrer de amor no talvez.
Não quero lhe propor uma obrigação,
Só quero, então, viver a vida.

Antes do real dia da minha ida,
Vou sucumbir com orgulho à paixão.
Vamos ao beijo como da primeira vez.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

C'est La Vie

Se eu pudesse te veria todo dia,
Se desse, sempre te teria.
Já entendi a mensagem,
Já não vou mais viver de paisagem.

Como um lindo cenário encantado:
Imóvel, belo, apático, estático.
O Lua castiga meu peito,
O Sol ri "bem feito".

O cenário muda de lugar,
Já não sabe se quer amar.
Este suco que faz meu amor.

A polpa é pura luxúria,
Das sementes restam lamúrias.
Esprema meu peito com ardor.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Depende

Dependo não como um viciado,
Mas depende da droga.
Dependurado fico a te olhar,
Depenando as flores do bem me quer.

Mesmo com meu sorriso abobado,
Eu escolho peito afora.
Mal me quer não vou aguentar,
Pois eu já te escolhi, Mulher.

Depende de como vou viver.
Dependo do que então fazer.
Sento-me aos antigos bastidores.

Não tenho eu, como escolher.
Volto então a depenar as flores.
Mau me quer...bem me quer.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Flor Lunar

A consciência grita no peito. 

O amor ali parece tão flores,
Mesmo com o velho rosto.
Apesar destas infinitas dores,
As noites são já belas.

Lua, alumia este moço,
Dê vida dele ao ardor.
Passos na estrada amarela,
Esqueçam amor e dor.

Reverbera na cabeça.

Esta carta que se basta,
Na ínfima caixa do céu.
Minha a de ser esta casta,
Que nunca amada foi.

Antes de ir ao beleléu,
Amor, dedos, dados joelhos.
Nunca esqueci do primeiro oi,
Dos esmaltes vermelhos.

Ditos sentimentos meus.