segunda-feira, 30 de junho de 2008

Maioridade

Ser adulto ou estar virando adulto é tão chato. Vida de preocupações, contas à pagar, prazos à vencer. A vida de adulto é chata, não existe mais a mente livre pra fazeres o que tu queres sem pensar no amanhã. Não existe mais aula pra gazetar e sim trabalho, e faltar trabalho ou fazer merda neste, não é uma boa idéia para quem tem contas a pagar.

Tenho hoje vinte anos e aproveito a minha vida do melhor jeito possível. Não posso sair todos os dias nem nas férias, mas tenho meu dinheiro pra quando sair não me preocupar. Eu trabalho bastante, faço concursos públicos, tento melhorar minha vida profissional. Será que finalmente comecei a pensar no meu futuro? Mas e a minha juventude que não vai mais voltar se passar de vez?

Vive este impasse é difícil, porque posso viver intensamente cada momento e não pensar no meu futuro, mas sem meu emprego não sei mais viver, pois dele tiro tudo o que é meu. Desde meu emprego não peço nada a ninguém, e ninguém diz ou deixa de dizer o que devo fazer. Entretanto, já perdi milhões de festas e momentos de esbórnia com amigos e parceiros. E vale a pena? Acredito muitas vezes que sim e outras fico com raiva, contudo vem a mente que quando minha faculdade acabar, eu vou estar empregado - se deus quiser - e terei minha vida encaminhandada para o meu futuro, que até o momento já foi decidido.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Foram-se Todos

É estranho como não existem mais gênios. Nenhuma alma geniosa, nenhum ser iluminado com a luz da sabedoria espontânea permanece mais neste mundo. Não entendo porque os últimos grandes gênios se foram e não vieram outros em seu lugar.

Cada geração com seus gênios e pensadores. Isaac Newton; Da Vinci; Michelangelo; Aleister Crowley; Fernando Pessoa; Van Gogh; Picasso; Adam Smith; Leibniz; Sócrates; Freud; Nietzsche; Einstein; John Lennon; Jimmy Hendrix; João Gilberto; Vinicius; Chico; Raul Seixas.

Mas hoje pertenço a uma geração sem gênios ou pensadores, tendo que no máximo aceitar Bill Gates como a grande surpresa de minha vida. O que bem resumido por um amigo: "ele é só um nerd!".

Fico intrigado com a percepção à flor da pele destes gênios. A definição, para mim, de gênio, é aquele que consegue vislumbrar coisas a frente de seu tempo e deixar provado que aquilo não é puro devaneio de um dependente químico. Digo que são dependentes químicos, mas não como destes que existem hoje em dia, que utilizam de drogas para ter alucinações e ter prazer em sua utilização. Mas sim porque as suas mentes estão completamente à frente de nosso tempo, e o que o mundo real oferece para estes não é o bastante, é necessário expandir os horizontes.

Ópio, heroína, ecstasy, cannabis, LSD, cocaína, álcool, tabaco, não importa. A sua utilização era puramente inspiracional. Não tinha apenas o intuito de sentir prazer, era parte do processo criativo. E todas a grandes mentes fizeram sua utilização, até mesmo aqueles que não são gênios, mas fazem parte da gama de pessoas que são dotadas de mais inteligência que as demais. A loucura e o desregramento são altamente ligados a inteligência. A inteligência não está nada ligada com a conservação da matéria física e sim a mental.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Toda A Vida

Aconteceu aos vinte e poucos anos
Quando foi entregar uma carta em sua casa.

Nasce um amor que nunca se apagou
Fez juras secretas, viveu a seu favor.

Pegava fogo à cada carta que mandava
E não sabia o que lhe esperava.

Ela também jurou amor à ele
Planejou fugir, se casar com beijo.

Ela desistiu
Ele não reagiu
"Pobre Homem!"

Ele não desisitiu
Ele vai perseguir
Sua Deusa Coroada.

Ele vai ter outras vidas
Mas não vai lhe apagar
Vai até subir na vida
Para enfim te conquistar.

Mais de meio século depois
Começa um amor de quase avôs.

Ela se torna viúva, ele ainda solteiro
Vai lhe consolar, reiterar seu amor.

Ela não queria o pobre homem
Mas ele não tão pobre, ainda nobre.

Após dois anos resgatou seu amor
Através de cartas que apagavam a dor.

Ela a beijou
Ele a pegou
Entre seus braços.

Ele conseguiu
Ela até sorriu
Na noite de amor.

Eles não tem mais muito tempo
Para chegar a ter outras vidas
É um com o outro e vice versa
Em linha reta, reta, reta.

sábado, 21 de junho de 2008

Boa Sorte

Acredito que seja comum em todos aqueles que gostam de escrever por hobby ou até mesmo vivem de seus escritos, um dia qualquer, terem o grande mal de não saber o que escrever. E acabam assim tendo de escrever sobre a falta do que falar. Tendo que tornar esta falta um assunto.

No meu caso, não em especial claro, apenas em meu caso, eu escrevo qualquer coisa relacionada a sentimentos, dedicados quase todos, à alma feminina das mulheres que um dia significaram algo na minha vida. Mas não podendo escrever para sempre sobre as mesmas pessoas, talvez não por falta de carinho, e mais por falta de palavras ou momentos inspiradores, fico sem a quem escrever e sem o sentimento necessário para isto.

Não tenho uma musa, não quero ter uma musa. Amo todas as mulheres que me inspiram ou me inspiraram. Existem as que amo, as quem um dia amei, as já convivi de verdade e outras que sequer beijei, mas todas com relativo tempo em minha vida Nunca mais achei a inspiração necessária, na verdade neste caso não seria nem a mulher certa, porque preciso mais do sentimento que do real físico. Como todos dizem, enquanto você procurar você não irá achar, só vem quando menos esperar.

Enquanto isso desfruto da minha falta de inspiração, temas e assuntos para dissertar e narrá-los aqui. Mas eu não me preocupo, logo tudo há de mudar, a grande causa disto tudo foi a grande inspiração provida mês passado, que se foi, foi jogada no vácuo da memória e não posso mais tirar nada dela que me deu tanto.

Boa sorte para nós. Pois todos precisam de inspirações, de amor e paixão na vida, não para escrever textos, mas para tudo. Estudar, se vestir, escutar música, sair com amigos, namorar, ser feliz, trabalhar. Então, boa sorte para nós.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Homens Da Paixão

Luar que rege a orquestra dos Amores
Que ultimata eterna todas as dores
Daqueles que sofrem do coração.

Sofrimento de verdade à quem ama
Que toda dor não há de apagar a chama
Tão pouco o sorriso daqueles homens da paixão.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Amores & Amoras

“Sabes tocar essa música?” Ela perguntou. Ele disse que um dia soube, mas não ia conseguir lembrar naquele momento. Ele realmente quis saber tocar aquela música naquele momento, queria impressionar a moça que o tinha chamado atenção o dia inteiro.

Tanto desencontros como previu o poetinha, mas muitos encontros desejados e forçados para ter a bela visão de quem até hoje mexe com o pobre homem. Até sustos, mas dos sustos gostosos que geram a gargalhada revitalizantes que só quem ama conhece.

Cão e gato à paisana. Quando um perseguia o outro sem ninguém saber e vice versa. Todos querendo tudo, entretanto o destino sempre colocava obstáculos inacreditáveis que eram de se fazer rir de tanta desventura. Quando finalmente ele disse “não sai de casa!”, ele só queria tirar esse eu te amo do peito e dar para quem era seu verdadeiro dono.

Não foi tarde demais. Foi um amor que ultrapassou os limites do real e do imaginário popular. Ninguém entende, nem sabe como funciona, mas eles sabem, ah se sabem.

Ela se mudou. Ele sentiu falta, todavia este não foi o pior. Todo o seu desespera é que toda as vezes que ela retornou a belém, ele nunca se sentia bem, mas também não mal. Ele sabia o que era. Ele sabia que daquela garota moça ele queria tudo que emanava, afinal de contas, ela era ele no sexo oposto.Ele não filosofou ao dar um mundo em uma caixa, ele realmente estava disposto.

Ele sofreu amargamente nos dias de sua tristeza, nas desilusões amorosas, morreu de ciúmes ao saber de seus casos. Praia, prédios, colégios, festas, músicas e tudo o que tiveram direito. Pode até ser que não, mas ele sabe que no final tudo sempre dá certo, e está dando certo, não mudaria nada.

Hoje é dia. Ser feliz, estar feliz, amizade acima de céu e terra e todos os problemas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Para Mim Chega

Ai que saudade, que vontade de tê-la comigo mais uma vez, desta vez não mais errar e enfim ficar com ela para todo sempre.

Quando ela chega, naquele momento único, o grande silêncio que precede o escancarar das portas. O batucar dos dedos na mesa, as pernas ainda inquietas...sob a mesa. Isto tudo somente esperando-a chegar, o que não sei quando nem onde há de acontecer. Ela chega para mim.

- Sinto sua falta! Não sinto da intimidade, sinto falta do sentir . Não te quero! - mentira – Quero poder sentir aquilo de novo, ao menos de forma platônica. Só para ter minha inspiração de volta, meu sorriso ao acordar, meu bom humor nas manhãs de domingo, minhas ressacas com menos enxaqueca.

Confesso que desta vez sou interesseiro. Não quero-te de volta para nada mais do que meu pobre bem estar, nem quero tanto assim, só preciso saber que existes em mim em algum lugar. Só para me dar o prazer de viver contigo novamente, mesmo que tão superficialmente.

Sei que fiz tanto mal a ti. Sei que te usei como desculpa para meus caprichos, e disse em teu nome certas coisas que só fizeram te difamar. Sei que tudo há de voltar, talvez não agora, mas você nunca vai deixar passar assim estes mal tratos, não pela maldade deles em si, talvez pela falta de cordialidade.

Entretanto nunca quis te afastar. Nunca quis ficar sem ti, nunca pensei em ter que correr até você, suplicar nos meus sonhos te ter de volta. Paixão, volta! Quero te ter de novo, ó sentimento bendito que me faz falta, preciso de mais de você, preciso sentir você de novo quando sei que você chega para mim.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Treze Dias Ao Chão

Dia treze. Sexta feira. Noite de terror? Não sei. Eu gosto das sextas feiras, se são treze ou não é apenas um detalhe numérico. Esta sexta feira em especial tem um certo charme por ser uma sexta feira treze de junho, ou seja, um dia após o dia dos namorados.

Os casais após o dia doze andam todos sorridentes como se uma troca de presentes, meia duzia de palavras e uma noite de libído e carne irá mudar todo um namoro. Talvez, mas esta probabilidade é mínima. Nem todos os mais maravilhosos orgasmos, os presentes mais caros mudará algo destinado ao fim. Em contra partida quantos namoros bem secedidos, após um dia dos namorados tiveram seu fim no dia treze seguinte e não na temida sexta feira treze, e sim, apenas no dia seguinte.

Sempre os namorados procuram ser mais atenciosos neste dia - sei porque já passei alguns dia doas namorados acompanhado - mas o engraçado que nos outros trezentos e alguns dias do ano, o namoro é mundano, comodista, onde o amor nem a paixão já existem. E somente neste dia há uma preocupação exarcebada de fazer seu parceiro feliz.

À parte estes imbróglios de quem namora, nos deparamos com a depressão momentânea de quem está solteiro. E toda a pressao da sociedade em cima daqueles que não querem ou não estão namorando. Todas as pessoas felizes, os comerciais, as lojas, uma felicidade até certo ponto deprimente, quase que expugnando aqueles que vivem à um, como se fosse um grande problema ser solteiro - é problema apenas no dia dos namorados, o resto do ano todos desejam solteirice e a esbórnia que isto lhe rende.

Penso nas pessoas que esperaram até o dia doze para pedir alguém em namoro, realmente romântico e corajoso, pois data mais tendenciosa não há, é preciso de muita coragem para fazer o pedido ao dia doze do mês seis.

Passou. Dia treze do mês seis. Os namoros voltam ao normal, alguns tiveram seu fim outros seu começo, mas era apenas um dia normal, mais um dia de um mês como muitos que ainda hão de chegar. Treze dias a menos de um mês, treze dias a menos no ano, treze dias a menos na sua vida, treze dias ao chão que você já passou deixando-os no passado.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Lígia

Prefaciando o tudo mais
Um sorriso que não foi nosso
Que logo foi posto de lado
Por um olhar de verdade, olhos reais

Sem pretensão
Amizade desligada da realidade
Amor de verdade ao inevitável
Verdadeira compulsão

Fez de um breve início
Um marco em vida
Como a chuva no verão
No nosso tão raro solstício

Fez de um simples minúsculo
O mais imponente maiúsculo

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Central

Aos sete meses de viagens, descobertas, entregações, choros e risos na companhia de um grande amigo. Valeu Niva, por todos os conselhos, amizade e viagens alucinantes.

- Deus foi muito injusto! - ele disse - Ele deveria ter nos dado duas vidas. Uma para ensaiar e outra para realmente entrar em cena.

- Mas a vida é teatro. - retruca o amigo - Não temos como voltar atrás depois que entramos em cena. A vida é um eterno improviso de ações e reações, para uma pláteia de um único espectador que é o nosso próprio criador.

Não vivemos em uma bela paisagem, com efeitos de câmera, cromaquis gerando nossos maiores sonhos as nossas costas. Não vivemos cinema. Não temos um diretor para dizer o que vamos dizer, com que cara vamos entrar em cena, e se der errado pede para voltarmos e refazer nossos passos.

A vida se resume a um plano - palco - e ali temos que fazer e acontecer, a arte da vida é viver cada momento sem saber o próximo, ter tudo planejado, mas se der errado saber improvisar do melhor jeito.

Comédia e tragédia. É sobre estas leis que vivemos. Amor é a sua junção, a comédia como a representante da felicidade, tragédia é o seu fim ou tudo que envolve o seu começo.

Só uma chance para acertar tudo. Ao entrar em cena é tudo com você, e assim como a vida, sempre há os problemas de percurso por mais bem planejado que tudo tenha sido. A vida meu amigo, é teatro.